domingo, 5 de fevereiro de 2012

Pra quê economizar se tá sobrando ?

Ex-secretário não explica rombo de R$ 27 mi


Essa notícia chamou minha atenção não pela qualidade mas pelo conteúdo:
"Como explicar que um dirigente de estatal que ocupava o cargo de secretário de Estado de Fazenda, com doutorado em Economia defendendo tese em Dívida Pública, afirme em depoimento que na sua gestão não havia no Estado ninguém qualificado e capaz de analisar essa mesma dívida pública e equacioná-la junto à União -e que, por essa razão, contratou por R$ 27 milhões uma consultoria de fora do Estado para realizar o trabalho?"
Cadê o vídeo da campanha do SIM pela divisão do Pará?
Porque né, se com 7 milhões de pessoas e N faculdades não deu pra achar alguém que consiga, melhor mesmo é ir atrás de gente qualificada. Deixar o estado parado é que não pode, rs.
“ 'Resta saber se o próprio secretário se incluiu no rol de pessoas desqualificadas para auditar a dívida pública do Estado, logo ele que tem doutorado', ironizou o promotor."
E como frisado na matéria, com 27 milhões dava pra treinar uma boa quantidade de servidores pra realizar a tarefa. Acho que a empresa contratada deve concordar bastante com isso.
"O único serviço comprovado feito pela Assets e que consta nos arquivos da Sefa foi uma petição apresentada pela empresa solicitando que o Estado reconhecesse a prescrição de um débito previdenciário que o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) já havia reduzido de 20 para 10 anos. O fato é que a Assets foi contratada para fazer um trabalho que qualquer contador ou analista da Secretaria da Fazenda (Sefa) poderia executar sem custo algum para os cofres públicos."
Agora não que eu ache que você pensou isso, mas se você achou que a desgraça era pouca se enganou:

Pagamentos por serviços não realizados são praxe
"A análise de um contrato para reforma dos gabinetes de seis deputados na Assembleia Legislativa do Pará revela uma prática que pode ser comum na casa: o pagamento por serviços não realizados. E quem garante são os próprios deputados e servidores que foram ouvidos durante uma fiscalização feita a pedido da primeira-secretária da Mesa Diretora da AL, deputada estadual Simone Morgado (PMDB)"
Então Incomum é alguém fazer aquilo pelo qual é pago lá na assembléia legislativa?
"Os serviços contratados para a sala dele foram reformas na parte elétrica, limpeza do ar-condicionado, pintura e eliminação de pontos de infiltração. O valor total da obra seria de R$ 29,7 mil, mas a chefe de Gabinete de Miranda, Vânia Velasco, afirmou que a reforma sequer havia sido solicitada à comissão de obras da AL."
Como um bravo colega já verbalizou, 30 mil pra limpar ar-condicionado? Pessoal quer ficar rico já na primeira "improbidade administrativa" ?


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