quarta-feira, 2 de maio de 2012

Afinal, copiamos um mau modelo: o ‘racialismo’


Não satisfeito, o Globo novamente ataca as cotas.
"Ficam em aberto, no entanto, outras questões que não podem ser resolvidas pelo viés próprio de decisões como a tomada pela Corte semana passada.
Uma delas é que se deixou espetada na conta do branco pobre a fatura da suposta “dívida histórica” da sociedade brasileira com os negros, que a brigada racialista invariavelmente antepõe como pressuposto da defesa de suas ideias."
O Globo novamente incita o conflito, mostrando que o pobre branco foi deixado de lado, cade a meritocracia ? E também que o Brasil tem uma "suposta" dívida com os negros, já que ser escravo e depois de mais de 100 anos não ter ainda um plano que tenha integrado totalmente o negro na sociedade, não deve caracterizar "dívida" nenhuma, pelo contrário, olha só:
 "De resto, é discutível o alcance desse resgate de “dívida” social, num país que patrocinou uma odiosa escravidão, fato inquestionável, mas cuja história registra casos de ex-escravos que, libertos e tendo ascendido socialmente, passaram também eles a ser donos de escravos. Alguns foram negociantes no ramo."
Não apenas não tem dívida com negro, como o próprio negro se beneficiou da escravidão, mais um grande motivo pra mostrar que esse negócio de cota é bobagem.
"Outra questão, de alcance mais amplo, é que se relega a segundo plano, em nome do alegado problema da discriminação de que seriam vítimas os estudantes negros brasileiros, a questão-chave, a mãe de todas as ações afirmativas, na qual se inserem as cotas: a melhoria do ensino básico público."
Uma coisa que parece difícil da grande imprensa assimilar, é que não dá pra mudar tudo do dia pra noite, de 1889 até 2002 o país teve uma política basicamente voltada a sua parte mais rica (e olha que não é difícil ser da parte mais rica do Brasil). E que em 10 anos não dá pra resolver o estrago de décadas, por mais que a educação esteja longe do ideal, ela melhora cada vez mais, hoje tem o FIES de fácil acesso, tem o ProUni, os Institutos Federais, cursos voltados pra formação do professor, aumento do piso. Tem um exemplo que meu pai dá e acho que cabe nesse contexto: "Imagina que se precise investir 50 bilhões para infra-estrutura por ano, na década de 90 se investia 10, hoje 30 e ano que vem 35, ainda tá muito longe dos 50 bilhões, ainda tá longe do necessário pras coisas funcionarem como deveriam, mas tá chegando perto menos, tá se tentando" e eu acredito que é por ai, por mais que o país não esteja funcionando como todos nós gostaríamos, é nítida a melhora pós 00, e a tendência é de continuar melhorando, falar que o problema é da educação, que se melhorasse a educação em um movimento de mágica, é enganar o leitor.
"Este, sim, seria o ponto de inflexão da educação no país. Enfrentá-lo com iniciativas que de fato deem condições a estudantes pobres, independentemente da cor da pele, de pleitear seu direito à ascensão social baseada num ensino de boa qualidade seria contundente demonstração de justiça social.
Essa visão, mais de acordo com a realidade social do país, baseia-se numa constatação: não é em razão da cor da pele que decorrem as baixas taxas de acesso do estudante negro à universidade."
É muito triste ver como o jornal se apega aos seus interesses e de quem o lê e se desprende dá realidade, pelo menos pro texto não ser uma completa vergonha, eles no começam afirmaram que a escravidão existiu, pelo menos isso.
"Relevou-se, por exemplo, o pressuposto histórico de que, lá, a sociedade se constituiu sobre “raças”, ao passo que no Brasil consagra-se o princípio da miscigenação. Aqui, o risco é de o país ficar suscetível a tensões até agora inexistentes."
Novamente como no último texto , o jornal comenta algo que só ele quer que aconteça, as "tensões raciais", algo que não faz parte da nossa cultura, ele "quer porque quer" que as cotas causem uma revolução dos brancos pelos seus direitos, felizmente nenhum grande grupo compra a ideia.

2 comentários:

  1. Complicado. Meus colegas brancos e de classe média alta adoram dizer que não existe racismo....

    Lembro de ler em 2005 uma matéria sobre como o sistema de cotas funcionava e citavam o caso da Condoleezza Rice e do Senador Barak Obama.

    ( http://noticias.terra.com.br/mundo/eleicoesnoseua2008/interna/0,,OI3309054-EI10986,00-Obama+e+fruto+das+cotas+diz+reitor+da+faculdade+negra.html )

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  2. Segundo a imprensa, não tem racismo no Brasil, e todas pessoas tem a mesma chance de tudo, é tudo questão do mérito. É a "meritocracia da classe dominante" ...

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